Chronicles of life and death and everything between

    Calma, não é um post super ultrapassado sobre o álbum do Good Charlotte, é sobre as crônicas de Martha Medeiros que resolvi definir com mais um título bem criativo.
    Não sei muito como caracterizar o que li em "Doidas e Santas" , título que diga-se de passagem não tem muito a ver com o livro no geral, que é um apanhando de verdades sobre o nosso dia-a-dia e o mundo em que vivemos. Colocaram esse nome como as vezes nomeiam algum CD, pegam o nome de uma música e pronto, acho que foi isso, pegaram o título de uma das crônicas mais conhecidas, por ter sido adaptada ao teatro e colocaram no livro.
   Joguei "Martha Medeiros" no google, entrei no Wikipédia, mas acabou que não achei nada do que queria daquela história de que quase que ela nem publica seus textos, porque Martha sempre foi publicitária e sem querer querendo acabou nesse mundo das palavras. O Wikipédia ainda a define como feminista, coisa que ela cansa de dizer em suas crônicas que está longe de ser, mas tudo bem, gente, ainda dá pra fazer trabalho escolar baseado no que qualquer um pode editar.

    Pelo tempo em que fiquei lendo o seu livro no metrô de manhãzinha, eu era a única pessoa que abria um sorriso, era como uma alienígena no planeta dos mal-humorados, era só fechar o livro para tentar descer na minha estação que eu já ficava irritada, ou por alguém sem simancol que não dava licença e queria barrar minha passagem, ou por alguém que não respeita a "mão" que deve ser seguida nas escadas das estações, enfim, temos bilhões de motivos para nos estressar no transporte público de São Paulo.
Mas assim que reabria o livro após fazer baldeação minha covinhas reapareciam, e olha, as palavras de Martha Medeiros tem muito poder, porque eu sou a pessoa mais mal humorada de manhã, me imagino em várias cenas de homicídio antes que a aura matinal passe. Sabe quando você acha que um personagem de filme está extravasando o stress que chegou no pico, mas no fim era só imaginação dele? Então, eu sempre me imagino empurrando alguém nos trilhos do metrô, colocando o pé para alguém rolar escada rolante abaixo, enfim, uma psicopata mora em minha mente, vai ver por isso gosto tanto do Dexter.
    Os motivos de meus sorrisos espontâneos eram muitos, rola muita identificação, afinal são crônicas, né, e é impossível não se encaixar em uma sequer. Eu me vi em muitas das situações descritas e ficava ainda mais contente quando conhecia o artista ou o livro do qual ela estava falando em alguns dos textos dedicados a discutir tal obra, ou tal cantor, como por exemplo no texto "Precisamos Falar Sobre Tudo", que citava, adivinha?! Precisamos Falar Sobre Kevin.! Assim que li o título fiquei super animada, é essa alegria boba de quando a gente pega alguma referência. Quando eu não conhecia também não ficava perdida, ela misturava uma resenha com uma discussão sobre algo que todos entendemos, além de deixar a vontade de conhecer mais sobre o motivo da discussão. Para deixar com vontade eu ia colocar algum trecho, mas vocês conhecem o google e conhecem livrarias, não é queridos leitores imaginários ?

Eu sei que faço isso em vão, mas ainda peço que comentem e mandem sugestões do que falta, do que incomoda, do que eu poderia postar.. de tudo.